SEMANA DE 15/06/22
Terra em Movimento
Litosfera é a
camada química e sólida mais externa da Terra, formada por solo e
rochas, divididos em placas tectônicas. A litosfera de nosso planeta
é, portanto, como uma "casca rachada". As rachaduras
seriam as placas tectônicas, que estão em movimento e vão se
modificando ao longo dos séculos.
Durante os séculos XVI e
XVII, explicações bíblicas permearam os cálculos sobre a idade da
Terra; algo em torno de 6.000 anos. Do século XVIII à primeira
metade do século XIX, mesmo com o desenvolvimento de inúmeras
teorias e modelos, surgiram números imprecisos que, segundo Teixeira
et al. (2003), apontavam para uma terra incomensuravelmente
velha.
Os novos modelos desenvolvidos pelo físico William
Thompson (Lorde Kelvin) influenciaram cientistas que, da segunda
metade do século XIX ao início do século XX, admitiram uma idade
para a Terra, que não ultrapassaria os 400 milhões de anos.
Como
afirma Teixeira et al. (2003), com a descoberta e refinamento dos
métodos de datação radiométrica, no decorrer do século XX, foi
possível, finalmente, estabelecer a idade da Terra em mais de 4,5
bilhões de anos.
A partir daí, o homem criou a escala de
tempo geológico, constituída desde o tempo presente até a formação
da Terra há 4,5 bilhões de anos. Sendo dividida em éons, eras,
períodos, épocas e idades, que se basearam nos grandes eventos
geológicos da história do planeta. Deve-se ainda lembrar que não
há consenso entre os cientistas sobre os nomes e os limites das
divisões.
A Terra é dividida em camadas. A crosta
continental é mais profunda, tem em média 50 km de espessura e
composição granítica. A crosta oceânica tem composição
basáltica e pode atingir 10 km de espessura.
Estrutura das camadas da Terra (Foto: Colégio Qi)
O
manto, mais denso que a crosta, alcança os 2.890 km de profundidade
e pode ser dividido em superior e interior. O manto superior
situa – se entre as profundidades de 50 e 400 km. Aquela parcela do
manto superior, dos 100 aos 350 km, com características plásticas,
de acordo com Guerra E Cunha et
al. (2005),
é a astenosfera. E a litosfera é a região rígida acima a
astenosfera, que inclui a crosta e a porção externa do manto
superior.
Entre os mantos superior e interior aparece uma
região de transição, a mesosfera. Alguns autores também nomeiam
de mesosfera a zona entre a astenosfera e o núcleo. O manto interior
situa – se entre as profundidades de 650 e 2.700 km e constitui –
se principalmente de minerais silicáticos de ferro e magnésio.
A
“primeira” camada, a partir do interior, de origem e natureza
especulativa, segundo Teixeira et
al. (2003),
aparece entre 2.700 e 2.890 km, até a descontinuidade de Gutenberg.
Com temperatura entre 3.000 e 5.000ºC e espessura de 3.488 km, o
núcleo é a camada mais quente e profunda da Terra. Constitui–se
basicamente de ferro e níquel e podemos dividi–lo em: interior
(núcleo sólido) e exterior (núcleo líquido).
Deriva
continental
Com o desenvolvimento da cartografia e a produção de
mapas cada vez mais precisos, tornou – se evidente o encaixe entre
as costas leste da América do Sul e oeste do África. Referindo –
se certamente ao filósofo inglês Francis Bacon, Salgado –
Labouriau (1994) aponta que de 1620 em diante já se escrevia sobre a
união de ambas no passado.
Contudo, foi o meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener (1880 – 1930) que se empenhou em pesquisar a ideia da translação dos continentes, indo além das evidências geográficas, como os estudos paleontológicos.
http://redeglobo.globo.com/globocidadania/videos/v/continentes-a-deriva-parte-1/1765240/
Entre
as informações reunidas por Wegener, deve-se listar.
•
A
presença de fósseis da flora de Glossopteris, encontrados no
Brasil, Àfrica do Sul, Índia, Austrália e Antártida.
• As semelhanças entre formações geológicas da América do
Sul e da África.
• A existência de vestígios de glaciação,
ou seja, grande quantidade de tilitos, rocha sedimentar derivada de
depósito glacial, na África, Índia, Austrália, Antártida e
Brasil.
Com todas essas evidências, Wegener fundamenta a
teoria da Deriva Continental: os continentes estariam agrupados em só
supercontinente, denominado Pangeia, e sua fragmentação data do
período Triássico, há 220 milhões de anos. Com a fragmentação
do Pangea, teriam surgido os continentes Laurásia (América do
Norte, Europa e Ásia, exceto a Índia), ao norte, e Gondwana
(América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia), ao sul.
O único oceano foi denominado Pantalassa.
Continentes em constante movimento ao longo dos períodos (Foto: Colégio Qi/Reprodução)
Como
visto, a existência de um supercontinente foi comprovada por
Wegener, mas o mecanismo que produziu a sua fragmentação e a
translação dos continentes só seria conhecido com o
desenvolvimento da tectônica.
Placas
tectônicas
Na
década de 1940, para a realização das operações da Segunda
Guerra Mundial, foram criados mapas detalhados do relevo submarino e
a presença de cadeias de montanhas submersas surpreendeu os
cientistas.
Estudos da década de 1950 apresentaram elementos
ainda mais surpreendentes: os matérias encontrados junto às
cadeias, as denominadas dorsais meso-oceânicas, seriam mais novos
que os localizados próximo aos continentes.
Na década de
1960 é formulada por Harry Hess a Teoria da Expansão do Assoalho
Oceânico. Segundo o modelo de Hess, tal expansão ocorreria em
conseqüência das correntes de convecção. De acordo com
Teixeira et
al. (2003),
o material do manto, ao atingir a superfície, se movimentaria
lateralmente e o fundo oceânico se afastaria da dorsal. Assim, seria
possível explicar quais seriam as forças que movimentaram (e ainda
movimentaram) os continentes.
Para Guerra e Cunha et
al. (2005),
a Teoria da Expansão do Assoalho Oceânico seria a base para o
desenvolvimento da Teoria da Tectônica de Placas. De acordo com o
autor, a litosfera rígida e fria “flutua” sobre uma astenosfera
plástica e quente. A litosfera é segmentada por fraturas, formando
um mosaico com sete grandes placas (africana, americana, eurasiana,
pacifica, indo-australiana, antártica e nazca) e outras menores, que
deslizam horizontalmente, arrastando os continentes por cima da
astenofera.
Retomando a Teoria da Expansão do Assoalho
Oceânico, vale registrar que o material do manto que ascende e se
solidifica forma uma nova crosta oceânica, a crosta mais antiga é
destruída nas fossas oceânicas ou zonas de subducção, mergulhando
na astenofera.
Os limites das placas podem ser de três
tipos distintos:
• Limites Convergentes (colisão entre as
placas): onde placas tectônicas colidem, com a mais densa
mergulhando sob outra, gerando uma zona de intenso magmatismo a
partir de processos de fusão parcial da crosta que mergulhou. Nesses
limites, ocorrem fossas e províncias vulcânicas, a exemplo da placa
pacífica.
Placa de movimento convergente (Foto: Reprodução)
• Limites Divergentes (distanciamento entre as placa): marcados pelas dorsais meso – oceânicas, onde as placas tectônicas afastam – se uma da outra, com a formação de nova crosta oceânica.
Placas de movimento divergente (Foto: Reprodução)
• Limites
Conservativos (ou Transformante, refere-se ao deslizamento das
placas): onde as placas tectônicas deslizam lateralmente uma em
relação à outra, sem destruição ou geração de crostas, ao
longo de fraturas denominadas Falhas Transformantes. Como exemplo de
limite conservativo termos a Falha de San Andréas, na América do
Norte, onde a Placa do Pacífico, contendo a cidade de Los Angeles e
a baixa Califórnia se desloca para o norte em relação á Placa
Norte-Americana, que contém a cidade de São Francisco.
Limite conservativo (Foto: Reprodução)• Limite de Colisão (uma colisão parcialmente estabilizada): Encontrado apenas no Himalaia.
Limite de colisão é característico do Himalaia (Foto: Reprodução)
fonte http://educacao.globo.com/artigo/litosfera-e-placas-tectonicas.html
1- DE ACORDO COM A DERIVA CONTINENTAL ,DÊ O NOME DOS CONTINENTES E PINTE-OS.
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